Ensino

Sobre esta seção

Comecei como professor ministrando uma disciplina de primeira linguagem de programação inicialmente em uma faculdade, depois em duas. Eu não tinha consciência disso, mas era muito pouco preparado. Tinha mestrado, cujos objetivos eram formar professores e pesquisadores, mas não tive nenhuma disciplina relacionada aos objetivos, apenas conteúdo técnico. Busquei evoluir e fui me aprimorando ao longo dos anos, cheguei até a elaborar material didático próprio.

Também fiz cursos, por exemplo de Programação Neurolinguística. Mas tinha algo errado com a imensa maioria dos cursos que fiz: eu tinha muitas dificuldades para aplicar o que era ensinado. Meu aproveitamento, isto é, o que punha em prática do que aprendia, era muito baixo. E eu achava que o problema era comigo.

Ao planejar cursos de mapas mentais, incluindo presenciais e um on-line, fui melhorando meu processo e ao mesmo tempo descobrindo explicações sobre o que estava acontecendo. Por exemplo, constatei que havia um padrão de ensino informativo-explicativo e não capacitativo. Essa abordagem deixa para o aluno planejar sua aprendizagem, o que é um contrassenso: ensinar requer domínio tanto do conteúdo quanto do ensino, e pretender que leigos tanto em um quanto no outro planejem não é razoável nem sensato.

Apoiado pela bagagem metodológica da análise de sistemas, gradativamente fui formulando um processo que me guiasse na autoria de ensino, um processo de trabalho de maior qualidade. Quando temos processo de trabalho, sabemos como estruturar um plano rapidamente, preenchendo as lacunas com o conteúdo do serviço a ser realizado. Quando um processo é bom, ele também nos guia em uma melhor estruturação do que produzimos.

Aos poucos fui constatando e fundamentando que o problema estava na didática, muito desconectada da prática e da realidade dos alunos. Também, ao invés de basear meu planejamento no conteúdo programático, passei a estruturar o ensino de forma que a cada lição o aluno aprendesse algo aplicável. As lições também são estruturadas de forma a prevenir sobrecarga e com verificações de aprendizagem, para evitar que os alunos acumulem conteúdos mal aprendidos que prejudicam aprendizados subsequentes.

Uma coisa é o processo conceitual, outra é a implementação desse processo. Para planejar meus treinamentos, usei muito mapas mentais, que se revelaram muito produtivos. Isso não é o ideal; o ideal seria uma ferramenta única que integrasse todo o processo, mas, feitos em aplicativo, mapas mentais podem ser muito mais produtivos do que outros formatos, em particular porque facilitam a visualização da estrutura, algo muito importante para o pensamento.

Nesta seção você encontra alguns dos conteúdos e produtos que tenho já maduros relacionados ao ensino.